12 PENSAMENTOS DE FRANCIS SCHAEFFER
Francis Schaeffer foi escritor, teólogo e pastor. Embora ele tenha morrido em 1984, seu legado permanece como um dos grandes pensadores cristãos modernos, que não se preocupava apenas com a relação entre o homem e Deus, mas também com a relação do homem com a cultura. Em sua obra, Schaeffer foi conhecido por misturar apologética e o conhecimento da arte, com seu imperativo filosófico de que os dois não deveriam ser separados.
Sobre esse tema, confira 12 pensamentos de Francis Schaeffer que revelam os motivos pelo qual o cristão deve se envolver com a arte e a cultura:
1. NA CRIATIVIDADE: O cristão deve ser uma pessoa viva, cuja imaginação está em constante e absoluta ebulição e movimento. A produção cristã deve ser diferente, revelando o Reino de Deus. Deus nos fez para sermos criativos.
2. NA SALVAÇÃO: O cristianismo não está apenas envolvido com a “salvação”, mas também com o homem e o mundo de uma maneira completa. A mensagem cristã começa com a existência eterna de Deus, e, em seguida, com a criação. Ela não começa com a salvação. A mensagem cristã é mais do que isso. O homem tem um valor especial, pois foi feito à imagem de Deus. O homem como homem é um assunto importante para a arte cristã.
3. NO SENHORIO DE DEUS SOBRE A CULTURA: Como cristãos temos tratado a arte como um assunto periférico. Nós não temos compreendido o conceito do senhorio de Cristo sobre todo o homem e todo o universo, por isso não temos aproveitado as riquezas que a Bíblia concede para as nossas vidas e a nossa cultura.
4. NA FANTASIA: Cristãos não deveriam ser ameaçados pela fantasia e imaginação. Pense na arte realizada por Deus no Antigo Testamento. Havia romãs azuis nas vestes do sacerdote que entrava no Santo dos Santos, sendo que na natureza não há romãs azuis. Artistas cristãos não precisam ser ameaçados pela fantasia e imaginação. O cristão é livre para imaginar. Isso faz parte da nossa herança. A imaginação do cristão deve voar além das estrelas.
5. NA ARTE HOLÍSTICA: O que um cristão retrata em sua arte é a totalidade da vida e do ser humano. A arte não deve ser apenas um veículo para algum tipo de evangelismo auto-consciente.
6. NOS DIFERENTES PONTOS DE VISTA: Não estamos sendo fiéis ao artista como um homem se considerarmos sua arte um lixo simplesmente porque difere em relação à sua perspectiva sobre a vida. Muitas escolas cristãs, pais cristãos e pastores cristãos não fazem uma distinção entre a excelência técnica e de conteúdo, e acabam tratando com desprezo e rejeição a arte como um todo. Em vez disso, se a excelência técnica do artista é alta, ele deve ser elogiado por isso, mesmo que haja divergência quanto à visão de mundo.
7. NA ARTE EVANGÉLICA: Um cristão deve usar as artes para a Glória de Deus, uma expressão da beleza para o louvor de Deus. Um trabalho de arte pode ser uma doxologia em si.
8. NAS GRANDES E COMPLEXAS QUESTÕES: As civilizações antigas tinham medo de que se fossem para a extremidade da terra iriam cair e seriam consumidas por dragões. Quando conhecemos o Deus pessoal e infinito, descobrimos que os limites que antes colocávamos não existirão. Deus não nos limita, Ele nos expande. Nós colocamos os limites sobre nós mesmos.
9. NA COMPAIXÃO: Ortodoxia bíblica sem compaixão é certamente a coisa mais feia do mundo.
10. NA CONFRONTAÇÃO: A verdade traz consigo confrontação. A verdade exige confrontação. A confrontação deve ser feita com amor, mas ainda assim a confrontação é necessária.
11. NA COMUNICAÇÃO PARA A CULTURA: Cada geração da igreja em cada ambiente em que está inserida tem a responsabilidade de comunicar o evangelho em termos compreensíveis, considerando a linguagem e as várias formas de pensamento.
12. NA BOA ARTE: Como cristãos, temos que ver que só porque um artista, mesmo um grande artista, retrata uma visão de mundo, por escrito ou nas telas, isso não significa que devemos aceitar automaticamente essa visão de mundo. A boa arte aumenta o impacto dessa visão de mundo, mas isso não a torna verdadeira.
Pr. Andrei Alves