Texto: Pr. Rafael Migowski
O que você vê? A resposta a essa pergunta define se você está ou não em acordo com a visão de Deus para nossa igreja. Para o servo de Elias era apenas uma pequena nuvem, mas para o profeta era o cumprimento da promessa de chuva (1 Reis 18.41). Para o servo de Eliseu era um grande exército inimigo, mas para ele era um exército muito pequeno, comparado com o exército celestial que o cercava (2 Reis 6.15-16). Para Ezequiel era apenas um vale de ossos secos, mas para Deus era um poderoso exército avivado pelo Seu Espírito (Ezequiel 37.1-6).
E você, o que vê? Quando observa as crianças que vive em sua casa, as que enchem as escolas, as que brincam na rua, as que correm e que fazem demasiado barulho? São apenas crianças? Crianças que precisam ser entretidas ou controladas? Ou será que consegue enxergar o que Deus enxerga, um poderoso exército de guerreiros espirituais.
Sou de uma época em que meus colegas de seminário riam e desdenhavam quando sabiam que nossa igreja enviou pessoas para se prepararem teologicamente a fim de serem pastores de crianças. Primeiro, porque a função de pastor de crianças não é algo comum (geralmente essa função é destinada às mulheres da igreja) e, segundo que, para eles, aprender teologia para pastorear crianças é tão desnecessário quanto usar canhão para matar formiga.
Nada pode estar mais longe da verdade! Nelson Mandela disse que “o verdadeiro caráter de uma sociedade é revelada pela forma com que ela trata suas crianças”. E nesse quesito, nossa igreja também é destaque. Temos nos empenhado ao máximo em “traduzir” as ministrações dos adultos, em toda a sua plenitude e profundidade, de uma forma inteligível e impactante para a vida de uma criança (o que, em geral, existe mais esforço teológico do que qualquer outra coisa). Fazemos tudo isso porque temos plena convicção do real valor que uma criança tem para o Reino de Deus.
Como resultado, temos inúmeros testemunhos de crianças que decidiram serem pastores quando crescerem, e mais do que pastores, querem ser pastores de crianças. De alguma forma, nosso ministério tem marcado a vida dos pequenos ao ponto deles decidirem que dedicarão suas vidas a fazerem o mesmo que um dia foi feito a eles! Tudo isso é possível porque temos a consciência de que as crianças são a fonte para implementar a cultura do Reino de Deus na Terra. A porta para o sobrenatural será aberta quando aprendermos a ser como uma criança; elas são o modelo para a vida cristã cheia de poder e autoridade (Mateus 8.2-3).
Insisto na pergunta: o que você vê quando olha crianças tão jovens na igreja? Uma pequena nuvem ou o cumprimento da promessa? Ossos secos ou um exército? Se sua visão destoa da perspectiva enunciada anteriormente, é hora de ajustá-la! “Ninguém o despreze pelo fato de você ser jovem, mas seja um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza” (1 Timóteo 4.12).
muito bom o seu artigo