O jejum não muda a Deus, mas sua prática é poderosa para nos transformar. O jejum pode ser descrito como o ato de nos livrar da saciedade para ajustar nossos sentidos. Às vezes, Deus se manifesta. Às vezes, Ele nos alimenta. E outras vezes, Ele lança sua glória diante de nós. São essas disciplinas espirituais que preparam o solo do nosso coração para a ação do Espírito.
Infelizmente, muitos cristãos ainda desconhecem – ou conhecem superficialmente – o que a Bíblia diz acerca do jejum. Podemos dividir em dois extremos: os que não dão valor algum ao jejum e os que excedem suas ênfases sobre ele. A importância de saber mais sobre o jejum está na vivência poderosa que Ele representa para os discípulos de Jesus!
QUEM DEVE JEJUAR?
· Toda a Igreja — 1 Sm 7.6; Jo 1.14;
· Grupos — Et 4.16; At 13.1-3;
· O discípulos de Cristo (individualmente) — Ne 1.4; Mt 6.17; 2 Co 11.27.
QUANDO JEJUAR?
Não há regras sobre quando jejuar. Isto é algo pessoal. Mas é fato que a prática do jejum, além de ser uma recomendação bíblica, traz consigo alguns princípios que devem ser entendidos e seguidos. A Bíblia nos mostrar alguns momentos específicos onde as pessoas buscaram a Deus através do jejum.
· Quando desejamos bênçãos excepcionais — Ed 8.21-23;
· Quando precisamos elevar nossa fé — Et 4.3-17;
· Quando contritos, tristes e rendidos — 1 Sm 7.6;
· Quando desejamos maior santificação e poder espiritual — Dn 10.3; Mt 17.2; At 13.1-3;
· Quando estamos alegres e gratos ao Senhor — Zc 8.18-19; Lc 4.1-4; At 13-1-3; At 14.23;
· Quando confrontamos o Inimigo — Mc 9.29.
QUANTO TEMPO O JEJUM DEVE DURAR?
A Bíblia apresenta exemplos de jejuns de diferentes durações:
· 1 dia, como no Dia da Expiação — Lv 16.29; 23.27;
· 3 dias, como fez Paulo após sua conversão — At 9.9;
· 7 dias, tal como o feito por Davi antes de seu filho morrer — 2 Sm 12.15-18, 21-23;
· 3 semanas, como foi com Daniel ao buscar entender as Escrituras proféticas — Dn 10.2-3;
· 40 dias, como o de Moisés (Ex 24.18; Ex 34.28; Dt 9.9-18), Elias (1 Rs 19.8) e Jesus, durante a Sua tentação (Mt 4.2-3).
Contudo, devemos ser conduzidos pelo Espírito Santo, permitindo que Ele nos oriente na decisão sobre o tempo que o jejum irá durar, levando em conta as condições físico-espirituais e a experiência de cada um.
TIPOS DE JEJUM
Jamais o jejum é para o exibicionismo (Mt. 6.16-18). Você deve ter metas e objetivos claros para o jejum. Você deve ter a prática de jejum como uma constante em sua vida. Você pode fazer do jejum um ato de compaixão, misericórdia e solidariedade (Is. 58 6 e 7).
ATENÇÃO: No período que seria dedicado à refeição, consagre-se a oração, onde você estiver. Lembre-se que jejum não é dieta.
O jejum pode ser:
· TOTAL: Privação completa de comida e água — At. 9:8-9;
· PARCIAL: Se faz sem alimento, mas com água — Mt. 4:1-2);
· ESPECÍFICO: Comumente chamado de JEJUM DE DANIEL. A Palavra diz que ele não comia “manjar desejável” — Dn. 1:8-16.
FRUTOS DO JEJUM
Invariavelmente, levar uma vida de jejum e oração nos conduzirá a novos níveis de vivências espirituais (Mt 9.14; Sl 51.10), paixão por Jesus (Mt 9.15) e um renovo sobrenatural no cotidiano (Mt 9.16-17), mesmo em meio a abstenção e as atividades. É que, na intenção de Des, as disciplinas da vida espiritual são para pessoas comuns — isto é, para todos nós. Se elas devem ter qualquer efeito transformador, o efeito deve encontrar-se nas conjunturas comuns da vida humana: em nossos relacionamentos, nosso trabalho e em nosso cotidiano!