Ser mãe no século XXI

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Não podemos dizer que vivemos nos dias mais fáceis para ser mãe. Nossa sociedade ainda é composta por muitos homens que não entenderam o valor de honrar uma mulher, em especial uma mãe. Elas são guerreiras e lutadoras! Mas muitas estão cansadas, doentes emocional e fisicamente. Ainda há aquelas que carregam sozinhas as responsabilidades da sua casa e dos seus filhos. Contudo, as mães são mais fortes que pensamos. Elas são as nossas “Marias”, as geradoras de vida, bênção e apoio das famílias; abençoadas sejam entre nós.

A maternidade é uma graça de Deus para as mulheres, seja vinda de forma biológica ou do coração. Certamente, nunca deve ter sido fácil ser mãe! Eu acompanho esta jornada. Já o fiz como filho até a minha mãe partir aos 81 anos e, hoje, acompanho como esposo e pastor.

Mãe é aquela mulher que tem o seu corpo e emoções completamente mudados na gestação. É a que prepara com carinho cada objeto, cada roupinha, cada espaço que acolherá aquele bebê amado. É a que coloca o dedo no narizinho do recém-nascido para constatar se aquele pequenino respira fora do seu corpo, porque o milagre da vida é inexplicável. É aquela que reestrutura completamente seus sonhos, seu tempo, seus amores por causa daquela pessoa. Que susto quando se ouve a voz pequenina ocupando agora o seu lugar na comunicação da família! E de repente crescem, organizam-se, buscam seus sonhos e seguem seu caminho.

Mãe também é aquela que sonha com o filho que não vem pelo corpo, mas pelo seu coração. É aquela mulher que rompe com predições, com receios de hereditariedade, com exclusividade de sangue e decide criar laços mais fortes, porque são construídos pelo amor.

Mas ser mãe cristã é um desafio ainda maior. Além de todas as questões comuns, universais ao coração e a vida de uma mãe, ainda há a grande missão de conduzir seus filhos aos pés do Senhor Jesus. Quantos querem roubar o coração dos filhos! Que batalha é honrar a Deus colocando dia a dia a Palavra diante dos olhos, ouvidos e corações em meio às situações cotidianas de alegrias, tristezas, perdas, sonhos e reflexões diante do turbilhão de informações que chegam até eles.

Contudo, as lutas têm as suas recompensas. Que emoções lindas ao ouvir a primeira oração, o primeiro cântico, ver a primeira pintura do cestinho de Moisés e a decisão pelo batismo. Que alegria observar aquele ser tão amado crescer e buscar a vontade de Deus em todas as áreas da sua vida. Constatar como “mães” têm feito sua parte, que, ainda que demore, Deus faz o milagre de aplicar os ensinos, muitas vezes ministrados com lágrimas e oração aflita.

O papel de mãe é inestimável e insubstituível. Ela passa a maior parte do tempo com os filhos, sobretudo, quando são ainda pequenos. Tem influência na formação que educador nenhum consegue suprir. Os desafios da mãe cristã são:

As responsabilidades naturais de mãe: Zelar pela saúde – cuidando em tempos de doença (muitas vezes passando noites em claro). Zelar pelo bem estar, suprindo as necessidades básicas. Zelar pela educação (incluindo a educação moral e espiritual).

As responsabilidades morais: Exemplo de honestidade – mostrar honra, verdade, justiça, integridade, bondade e retidão. Exemplo de trabalho – disposição, otimismo. Exemplo de responsabilidade – mães que fumam, bebem ou encobrem pecados conhecidos dão mau exemplo de comportamento a seus filhos, e estes, serão propensos a seguir. Tal mãe, tal filha (Ezequiel 16.44b e Provérbios 22.6). Apesar de não serem mandamentos, são princípios importantes que pesam na responsabilidade de mãe.

As responsabilidades espirituais: Orar pelos filhos – a influência mais poderosa na vida dos filhos é a oração. Aconselhar em amor, criá-los na fé, seguindo princípios e valores do amor a Deus e ao próximo, honrando o próximo e servindo a sociedade.

Pr. Carlito Paes

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